N1
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Nunca fui muito bom com as senhoritas, não mesmo!
Young demais, a idade não me ajuda como deveria.
Cansado de tentar, dissimulando meus medos e falhas,
Ouso agora, neste verso, superar minhas limitações...
Lanço-me ao encanto furtivo que a beleza, a sua,
Empresta ao meu semblante – surpreso e encantado.
Basta de lamentações! Tenho uma diva que me ouve...
Reclamar quando se tem tanta meiguice gratuita,
Inspira, não luz fremente, mas desamor ao toque
Tenro de uma dama sem requintes de sobejamento.
O que quero além desse singelo sorriso que me aprouve?
Carrasco de mim mesmo, sofro, mas com alegria.
Ouso burlar a realidade e busco um toque furtivo.
Reitero minha perspectiva de burilar o tempo,
Tempo que inexiste na dimensão da ilusão, pois sonho.
Entre cada devaneio, em cada instante desmedido,
Zombo das minhas insinuações, enxertadas de magia.
Linda! A magia da beleza se fez em demasia com você.
Imaginar tamanha sutileza em cada detalhe da tez.
Mais que desumanos, esses toques são devassos e por vez,
Avassalam as demais terrenas que ousam, teimosas, existir.
Fortaleza-CE, 19 de fevereiro de 2006.
22h11min