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Anjinha?

Não... Seria muita maldade!

Amável... Isso sim!

Lindinha?

Assim também não.

Rainha... Cabe bem, concorda?

Insensível

Seria

Se

A chamassem apenas assim.

Vaidades à parte,

Adoraria que me fosse

Senhora agora e sempre.

Cada pedaço de mim,

Ou tudo o que tenho,

Nada vale sem você.

Carrego o estigma

Escravocrata,

Legado da princesa.

O que quer, diz rainha,

Seu servo atende!

Peça e se fará real.

Ao seu dispor eu me entrego.

Rastejo, mas não duvide:

Entre o ter e o ser

Nada de novo se faz,

Tudo é efêmero e fugaz.

E a efemeridade é a vida.

Fortaleza-CE, 17 de fevereiro de 2006.

12h30min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/08/2011
Reeditado em 17/09/2011
Código do texto: T3190392
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