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Anjinha?
Não... Seria muita maldade!
Amável... Isso sim!
Lindinha?
Assim também não.
Rainha... Cabe bem, concorda?
Insensível
Seria
Se
A chamassem apenas assim.
Vaidades à parte,
Adoraria que me fosse
Senhora agora e sempre.
Cada pedaço de mim,
Ou tudo o que tenho,
Nada vale sem você.
Carrego o estigma
Escravocrata,
Legado da princesa.
O que quer, diz rainha,
Seu servo atende!
Peça e se fará real.
Ao seu dispor eu me entrego.
Rastejo, mas não duvide:
Entre o ter e o ser
Nada de novo se faz,
Tudo é efêmero e fugaz.
E a efemeridade é a vida.
Fortaleza-CE, 17 de fevereiro de 2006.
12h30min