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Ah... Como suportar tanto encanto num só corpo?

Não vejo imperfeição alguma em cada traço seu.

Não vejo as marcas que o tempo deixa nos mortais.

Espere! Se as deusas existiram, deixaram perfeito escopo.

Cabelos... Que dizer desse adorno sedutor e forte?

Alisando cada fio, eu me conduzo ao paraíso teu...

Rogo os segredos e a magia que de ti emana,

Ofuscando-me a razão fragilizada pelo encantamento.

Lindo corpo que a natureza magicamente esculpiu.

Indo e vindo, cada pedacinho é um pouco do céu.

Nesse umbiguinho que maliciosamente se mostra,

Espalha-se a luxúria que meu desejo não consumiu.

Banhado pelo aroma íntimo de casta e pudica flor,

Entre um lamento e outro, entre a razão e o torpor,

Não me peçam palavras comedidas e com mesura

Tenho e quero amar, sem pudor e com usura,

Onde e em toda parte... Meu corpo clama o amor.

Fortaleza-CE, 09 de fevereiro de 2006.

17h42min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 24/08/2011
Reeditado em 24/09/2011
Código do texto: T3178920
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