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Pequena e incipiente donzela do mundo hodierno.
Andei errante por muitos lugares, mas nunca vi
Uma deusa tão meiga e de tão pouca idade em si.
Lentidão da minha mente ou você, doce encanto,
Andava escondida atrás do véu do meu espanto?
Meus desejos de homem, minha libido atrevida...
Esperam a hora certa para de você, em harmonia,
Nunca mais ouvirem o melancólico sermão da partida.
Dou meu mundo, minha vida, mas não descuidarei
Outra vez do que agora sinto: uma luxúria danada.
Não resultado da mentira, mas da pura e sincera bênção.
Causa-me espanto é saber que de você, em curta alvorada,
A flor da puberdade reluzirá como flecha não mordida.
A vida é pura descoberta inconsciente do dia-a-dia.
Lentamente, ela nos mostra novas e mais fortes emoções...
Eu, por exemplo, quando imaginaria que agora, sério,
X – um xis de versus me invadiria sem prévio convite?
Antes de minha defesa, ele me prende num impropério
Demasiado forte, demais para minha frágil desilusão.
Rastejo e imploro aos pés dessa dor maldosa e certeira:
Escute meus apelos e me revele o segredo que não tive.
Fortaleza-CE,09 de fevereiro de 2006.