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Pequena e incipiente donzela do mundo hodierno.

Andei errante por muitos lugares, mas nunca vi

Uma deusa tão meiga e de tão pouca idade em si.

Lentidão da minha mente ou você, doce encanto,

Andava escondida atrás do véu do meu espanto?

Meus desejos de homem, minha libido atrevida...

Esperam a hora certa para de você, em harmonia,

Nunca mais ouvirem o melancólico sermão da partida.

Dou meu mundo, minha vida, mas não descuidarei

Outra vez do que agora sinto: uma luxúria danada.

Não resultado da mentira, mas da pura e sincera bênção.

Causa-me espanto é saber que de você, em curta alvorada,

A flor da puberdade reluzirá como flecha não mordida.

A vida é pura descoberta inconsciente do dia-a-dia.

Lentamente, ela nos mostra novas e mais fortes emoções...

Eu, por exemplo, quando imaginaria que agora, sério,

X – um xis de versus me invadiria sem prévio convite?

Antes de minha defesa, ele me prende num impropério

Demasiado forte, demais para minha frágil desilusão.

Rastejo e imploro aos pés dessa dor maldosa e certeira:

Escute meus apelos e me revele o segredo que não tive.

Fortaleza-CE,09 de fevereiro de 2006.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 24/08/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3178918
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