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Joia incomum do jardim terreno.
Ungida com a seiva da beleza você foi.
Levianos meus pensamentos de agora?
Insensato sentir o que meu íntimo sente?
A alma é sensata, mas a máscara padece,
Necessitando sentir o corpo ora visto.
Alegre-se... Isso é bom e bem quisto.
Mulher:
Assim defino você, posso?
Rainha...
Intimidade demais para um plebeu!
Aliança...Elo que nos une sem força.
Xeque – assim você me deixa com tanta beleza.
Insensatez minha ou de nada adiantam meus apelos?
Meus apelos... pobrezinhos! Pedem tão pouco!
Eles apenas exigem de você, feliz e encantada diva,
Não menos que a flor do viço que esbanja de você.
Esse mesmo viço que impulsiona o homem, todo dia,
Sentir o delírio que somente uma fêmea pode dar.
Basta! Não suporto tamanho sofrimento.
O torpor que me invade é o tormento
Unicamente superado com o singelo
Tato inevitável desse corpo com o seu.
Honre-me e me aceite, ele precisa desse elo.
Fortaleza-CE, 09 de feereiro de 2006.
1h48min