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Rosto de peculiar brilho que ofusca reles mortais.

Existiria algo além desse corpo estonteante?

Não tenho o prazer do toque, mas em sonho,

Anseio-o como tolo, pobre humano delirante.

Tenho você como posso e desejo ter, quer mais?

Ainda que em sonho e num breve instante.

K – essa letrinha, como me atormenta nas criações!

Ela é tão insalubre que me faz bem o próximo verso.

Lendo cada nova palavra que evoco ou expresso,

Lamento o nome ser curto, pois queria mais!

Y – essa é demais, parecem surgirem em confissões.

Gostaria de agora, hoje e sempre, sempre mesmo.

Urgir-me com o leite ardente que você tem.

Revolver-me em cada gota, como num orvalho casual.

Gastar minhas energias com você, sozinhos, num lual.

E entre um abraço e outro, amar: isso faz bem!

Fortaleza-CE, 08 de fevereiro de 2006.

17h31min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 23/08/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3177060
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