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Rosto de peculiar brilho que ofusca reles mortais.
Existiria algo além desse corpo estonteante?
Não tenho o prazer do toque, mas em sonho,
Anseio-o como tolo, pobre humano delirante.
Tenho você como posso e desejo ter, quer mais?
Ainda que em sonho e num breve instante.
K – essa letrinha, como me atormenta nas criações!
Ela é tão insalubre que me faz bem o próximo verso.
Lendo cada nova palavra que evoco ou expresso,
Lamento o nome ser curto, pois queria mais!
Y – essa é demais, parecem surgirem em confissões.
Gostaria de agora, hoje e sempre, sempre mesmo.
Urgir-me com o leite ardente que você tem.
Revolver-me em cada gota, como num orvalho casual.
Gastar minhas energias com você, sozinhos, num lual.
E entre um abraço e outro, amar: isso faz bem!
Fortaleza-CE, 08 de fevereiro de 2006.
17h31min