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Cada pedaço não refletido,
Revelado na outra metade que se esconde,
Imagem perfeita é do perigo
Sentido em cada ser obliterado.
Nega-se uma metade
E a outra, em harmonia,
Inventa o santuário da rebeldia.
Vontade própria da ilusão...
E que venham os sonhos!
Pele:
Espelho da alma;
Rosto:
Espelho do espelho;
Intimidade:
Reflexo do que se espelha:
Amor!
Deus? Coisa boa!
Anjos? Frutos que não meus.
Seiva bruta que me apraz.
Idas e vindas de tempos atrás.
Lenta, a vida passa,
Vida que se finda na praça.
Entre cada beijo escondido em
Idas e vindas de corpos fartos.
Reapareça e me mostre sem medo
A razão de tanta obstrução.
Fortaleza-CE, 04 de janeiro de 2006.
20h12min