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A candura que teu rosto me traz

Não me assusta tanto quanto a paz,

Doce paz, do teu incipiente existir.

Recatada, menina de simplicidade sã,

És a melodia que nunca tive, meu divã.

Aceite-me como oferenda: eis-me aqui.

Sem usura, preciso sentir-te...

Inquieta-me a ausência infinda.

Queres-me loucamente em desatino?

Urgente! Vem e me afaga o ego,

Esmere-se como fêmea: eu me entrego!

Idolatria? Não. Apenas um culto ao mimo,

Real e misterioso, que de ti emana.

Acordo e sofro... tudo foi um sonho.

Fortaleza-ce, 04 de janeiro de 2006.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 18/08/2011
Reeditado em 18/09/2011
Código do texto: T3167522
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