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Reina em Ti, Ó virgem pudica,
Há muito tempo e desde sempre,
A magia da beleza simples, mas certeira,
Impossível de resistir sem encanto.
Ainda que tente não consigo
Negar a poesia que me instiga
Admirar a luz que, singela, teu corpo profana.
Cara de mocinha... Que corpo este rosto esconde?
Algo digno dos deuses ou pura sensibilidade feminina?
Vandalismo,
Acanhamento...
Linhas turvas me embaralham os pensamentos.
Carinhos...
Amor, amar: o mar e o ar que a terra toco.
Nuvens de imagens perdidas.
Trevas da escuridão do espaço que moro.
Entre essas divagações, uma certeza: você.
Tão meiga e despojada de pífios desejos.
O que despreza tenho em demasia, sobejo.
Rainha, menina que se forma em mulher.
Rainha, mulher que se doa qual felina.
Escravo – eis o que sou aos vossos pés.
Sem pressa, busco deitar no teu convés.
Fortaleza, 19 de janeiro de 2006.
13h50min