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Leve-me ao eterno tormento,

Idílio iminente e casto.

Assim como em meus sonhos,

Nebulosos e paradoxalmente santos,

Agradeço penetrar-me letalmente.

Verto em êxtase o prazer que sinto.

Linda fêmea de arrebatadora beleza.

Álibi derradeiro da existência divina,

Deus existe, disso você me certifica.

Imprudente e sensível em cada gesto,

Amarro-me no amor que me fulmina.

As divas que ladeiam o seu corpo tenro,

Rutilam reflexos repintados rés ao chão.

Assaz temeroso e de pouca esperança,

Úmidas mãos cardíacas festejam o não ter.

Jogado ao nefasto viés do simbolismo, eu,

O homem errante, detenho-me em ânsia.

Juazeiro do Norte-Ce, 08 de novembro de 2005.

14h18min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 06/08/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3144101
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