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Leve-me ao eterno tormento,
Idílio iminente e casto.
Assim como em meus sonhos,
Nebulosos e paradoxalmente santos,
Agradeço penetrar-me letalmente.
Verto em êxtase o prazer que sinto.
Linda fêmea de arrebatadora beleza.
Álibi derradeiro da existência divina,
Deus existe, disso você me certifica.
Imprudente e sensível em cada gesto,
Amarro-me no amor que me fulmina.
As divas que ladeiam o seu corpo tenro,
Rutilam reflexos repintados rés ao chão.
Assaz temeroso e de pouca esperança,
Úmidas mãos cardíacas festejam o não ter.
Jogado ao nefasto viés do simbolismo, eu,
O homem errante, detenho-me em ânsia.
Juazeiro do Norte-Ce, 08 de novembro de 2005.
14h18min