839- LÍNGUA PORTUGUESA do CLUBE BRASILEIRO-Soneto clássico.
839- LÍNGUA PORTUGUESA do CLUBE BRASILEIRO-Soneto clássico.
Por Sílvia Araújo Motta
Decassílabo-sáfico-heróico.
A Língua Portuguesa de Camões,
Machado de Assis-Gênios do Saber-
inteira luz gigante entre as nações
conduz valor cantante em cada Ser.
Impõe respeito, glórias nas lições!
Linguagem pura cumpre seu dever,
razão perfeita, não traz arranhões,
palavra forte, imagem de poder.
No linguajar que fino trato alcança
Na mente mostra fúlgidos letreiros,
Reparte a bela flor do Lácio-herança.
Sonora e rica, brilha pelo mundo
e tem na escrita brados altaneiros:
- Tesouro raro dá saber profundo.
NB:
Comemorações de 10 de junho:
Dia da Língua Portuguesa,
de Portugal e das Comunidades Portuguesas,
Da Morte de Luís Vaz de Camões:
*Portugal:1524/1525 e † 1580(Lisboa).
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MUDAM-SE OS TEMPOS E VONTADES
Soneto (heróico) de Luís Vaz de Camões(*)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
Muda-se o ser, muda-se a confiança.
Todo o mundo é composto de mudança
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E, em mim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
NB:
LUÍS VAZ DE CAMÔES, Poeta épico e lírico, nascido em Portugal.Considerado o MAIOR POETA de Língua Portuguesa de sempre
e um dos maiores da Literatura Universal:
“Versos de luminosa contemporaneidade.
Não há melhor poema para explicar
as mudanças no mundo atual do que
estes dinâmicos versos que todos deviam ler.
É preciso lembrar que os versos de CAMÕES
estão para a atualidade
como a história está para o futuro.
Ler hoje estes versos em todos os países
onde se fala português seria
um excelente pretexto
para percebermos que todos temos
que ser motores de mudança.
Mudar é a mensagem.
Enquanto é tempo.
Porque não basta repetir lugares-comuns
na liturgia das nações.”
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