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Faz bem o íntimo trato com a mãe natureza.

Levianos somos quando negamos esse dom.

Ávidos por progresso e por honrarias tolas,

Vivemos presos às amarras do puro concreto,

Ignorando o belo que vem da terra: o som.

Ah! Que vontade de estar com você nessas horas.

Respingos do mar talvez nos banhe a alma sã.

Espreguiçar e deitar ao som das ondas, no divã,

Garante não honrarias mundanas, mas a sorte.

Inimiga da morte, ela nos guia como um farol...

Naveguemos seguros, no mar há luz sem paiol.

A sensação que a brisa passa é de longe da morte.

Boca exuberante, de sorriso perfeito e forte;

Olhos verdejantes que enciúmam a realeza;

Rutilantes cabelos de um brilho arrebatador.

Jamais presenciei tanta beleza em única flor!

Agora, por mais que não queira, sou consorte!

Dedos fechados... mãos cerradas e firmes.

Espantada com a beleza mística da paisagem?

Arregimente amigas e sigam juntas as trilhas.

Rastreie da terra e das plantas a verde beleza

Arrefecida do coração do homem de pedra.

Única, a natureza não se esconde, mas se revela

Júbilo perene da convivência e vida do planeta.

O que somos, isso sim, é lobo sem matilha.

Fortaleza-Ce, 14 de setembro de 2005.

09h44min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 28/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3125392
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