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Recolha a virtual pétala que sopro até você.

E entenda que posso, sim, desnudar seu corpo.

Nenhuma previsão perfeita, mas os erros,

Assim como os acertos, não podem ser totais.

Tentar já me credencia ser ousado homem.

Afinal, quem já tentou desenhar em versos?

Antecipar a saída antes da total descrição,

Burilou meus instintos e minha intuição.

Recusou envergonhada a nudez que fazia?

Excitou-se quando dela, dos lábios falei?

Um dia provarei, pondo os olhos: acertei!

Serei tolo, talvez repetitivo, mas retomarei...

Incipientes pelos e de seios fartos, certo?

Lábios carnudos, de cor clara e brilhante.

Veste-se de preto e encobre o mesmo tom.

Ébrio fica todo aquele que dela cheira e bebe,

Rodada mínima que seja, boca sem batom.

Insidiosos ditames regurgito sem pudor.

O que me impulsiona? Você o que ficou...

Fortaleza-Ce, 06 de outubro de 2005.

01h35min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 28/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3125375
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