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Mãozinha na boca...
Ainda hoje sinto saudade!
Rainha da casa, sem concorrentes,
Imagina-se velha, com as rugas
Amargas que o tempo nos traz?
Não. Você esbanja meiguice demais!
Anjo. Voe! Quero ser as asas do tempo.
Gaia vaidade que a gentileza seduz.
Entre tantas, você foi a primeira cruz
Nada pesada que meu corpo sentiu.
Textura de criança, mas de gesto forte,
Invada-me plenamente agora e na morte.
Leve-me por entre cada espinho
E, sem medo, fure-me o corpo com o seu.
Juazeiro do Norte-Ce, 08 de novembro de 2005.
15h13min