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Mãozinha na boca...

Ainda hoje sinto saudade!

Rainha da casa, sem concorrentes,

Imagina-se velha, com as rugas

Amargas que o tempo nos traz?

Não. Você esbanja meiguice demais!

Anjo. Voe! Quero ser as asas do tempo.

Gaia vaidade que a gentileza seduz.

Entre tantas, você foi a primeira cruz

Nada pesada que meu corpo sentiu.

Textura de criança, mas de gesto forte,

Invada-me plenamente agora e na morte.

Leve-me por entre cada espinho

E, sem medo, fure-me o corpo com o seu.

Juazeiro do Norte-Ce, 08 de novembro de 2005.

15h13min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 22/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3110630
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