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L's por demais insanos os seus.

Ímpio, sei que nunca os beijarei.

Vocifero o desprazer que sinto, pois

Incansáveis vezes, e não minto,

Amei desejar o que consciente professo.

Maroto esse canudinho que você chupa

E que sensual expressão da sua boca!

Nesse padrão seria tragado, e com força,

Entre sussurros e gemidos de tesão.

Lei da gravidade... então por que sobe?

Exponho-me desnudo para o mesmo teste.

Urgente, menina, meu Katrina estremece.

Feixes de luz – raios da minha ilusão.

Imponha-me limites ou então,

Último dentre os homens, vou querer

Zombar do que sinto ao silenciar.

Aceite-me! Quero você, preciso amar.

Beijaria cada dedo dessa mão felina.

Acariciaria seu corpo por partes, escolha:

Nuca, pescoço, umbigo, púbis... descendo.

Demoraria, claro, nas partes mais sutis

E de você receberia apertos, gritos e ardis

Inocentes de quem se quer dar e receber.

Remexendo, nossos corpos se entregariam

Ao torpor inconseqüente do último ato.

Dedos, mãos, pernas... tudo se confundiria.

Escondidos um no outro a razão se esvaía...

Mais, quero mais! Única prova não serve!

Experimentei o suco divino e me lambuzo,

Lábios ensopados, do licor do amor carnal.

Leia meus pensamentos, adivinhe tudo, vai!

O ardor que sinto me alucina e me conduzo.

Fortaleza-Ce, 04 de outubro de 2005.

16h29min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 18/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3102743
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