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L's por demais insanos os seus.
Ímpio, sei que nunca os beijarei.
Vocifero o desprazer que sinto, pois
Incansáveis vezes, e não minto,
Amei desejar o que consciente professo.
Maroto esse canudinho que você chupa
E que sensual expressão da sua boca!
Nesse padrão seria tragado, e com força,
Entre sussurros e gemidos de tesão.
Lei da gravidade... então por que sobe?
Exponho-me desnudo para o mesmo teste.
Urgente, menina, meu Katrina estremece.
Feixes de luz – raios da minha ilusão.
Imponha-me limites ou então,
Último dentre os homens, vou querer
Zombar do que sinto ao silenciar.
Aceite-me! Quero você, preciso amar.
Beijaria cada dedo dessa mão felina.
Acariciaria seu corpo por partes, escolha:
Nuca, pescoço, umbigo, púbis... descendo.
Demoraria, claro, nas partes mais sutis
E de você receberia apertos, gritos e ardis
Inocentes de quem se quer dar e receber.
Remexendo, nossos corpos se entregariam
Ao torpor inconseqüente do último ato.
Dedos, mãos, pernas... tudo se confundiria.
Escondidos um no outro a razão se esvaía...
Mais, quero mais! Única prova não serve!
Experimentei o suco divino e me lambuzo,
Lábios ensopados, do licor do amor carnal.
Leia meus pensamentos, adivinhe tudo, vai!
O ardor que sinto me alucina e me conduzo.
Fortaleza-Ce, 04 de outubro de 2005.
16h29min