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Mereço acreditar que tive a honra,
A oportunidade e o gratuito prazer,
Responda-me, de este verso conceber?
Imaginar que duas deusas gêmeas
Alfinetaram meu cristal da criação,
Nada teria de novo se não fosse
A qualidade das feições que se revelam.
Carinhosas, meigas, doces... lindas!
Onde poderia eu, fútil homem expectador,
Urbanizar formas tão cheias de bucolismo?
Tive a honra e a sorte, sorte divina,
O próprio toque perfeito do Criador.
Babei muito!... mordisquei o corpo meu.
Acreditar, acredito que existem, claro!
Rainhas, devem algum templo habitar;
Resplandecentes, muitas vidas vão brilhar.
O orgulho que me invade e me domina
Seria impossível externar mas acreditem,
O valor deste poema me destrói o lado ateu.
Fortaleza-Ce, 04 de outubro de 2005.
16h49min