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Meus olhos são atraídos pela beleza aparente.
Adoro... Venero... Amo o caminho entre seios:
Risonho e límpido, ofusca-me a razão plena.
Indeciso, busco recompor minha ilusão insana.
Alucinado, respondo aos meus próprios desvarios.
Negros cabelos que, na escuridão, outros escondem.
Alimente-me o corpo: quer amar e se proclama.
Boca entreaberta em sinal de busca ardente.
Reluzente, brilha o calor que nos faz viver.
Arder em pleno gozo, doce pranto e sem morrer,
Vocifera o sussurro incontido no primeiro ato.
Esparrame-se languidamente sem medo, de fato.
Zaratustra, apesar de combatido e mal interpretado,
Ainda hoje consentiu a leviandade que pressente.
Fortaleza-Ce, 03 de outubro de 2005.