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Meus olhos são atraídos pela beleza aparente.

Adoro... Venero... Amo o caminho entre seios:

Risonho e límpido, ofusca-me a razão plena.

Indeciso, busco recompor minha ilusão insana.

Alucinado, respondo aos meus próprios desvarios.

Negros cabelos que, na escuridão, outros escondem.

Alimente-me o corpo: quer amar e se proclama.

Boca entreaberta em sinal de busca ardente.

Reluzente, brilha o calor que nos faz viver.

Arder em pleno gozo, doce pranto e sem morrer,

Vocifera o sussurro incontido no primeiro ato.

Esparrame-se languidamente sem medo, de fato.

Zaratustra, apesar de combatido e mal interpretado,

Ainda hoje consentiu a leviandade que pressente.

Fortaleza-Ce, 03 de outubro de 2005.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 14/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3094707
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