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Respostas vagas foram dadas no primeiro encontro.

Entre uma pausa e outra trocávamos monossílabos.

Nada de muito sensato nos impelia a prosseguir.

Até palavrões e xingamentos saíram de nós, nossa!

Tudo razão da discordância, dos quereres desiguais...

Algozes fomos um e outro, mas esqueçamos, não mais.

Respingos da amizade, todavia, tocaram nosso afã.

Onde havia ódio surgiu um amor singelo e pueril.

Livre das impurezas da amargura e do rancor...

Intangível aos demais humanos, mas tão nosso!

Memorável na sua simplicidade e eterno no ardor.

Carinha de moça e de atitudes bem sapecas,

Algumas vezes me encantou ao dizer-me um não!

Risonha, cheia de planos para ontem e convicta,

Vasculha o íntimo de um homem sem se perceber.

Amiga sem rodeios e de resposta pronta e firme,

Lastimou desde o início minha chata insistência.

Horas e horas de resmungos e de pormenores...

Os mesmos que causaram nossa pendenga inicial.

Fortaleza-Ce, 11 de setembro de 2005.

Nijair Araújo Pinto, 21h45min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 13/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3092462
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