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Eu, que aqui me prostro a você,

Meço cada parte do corpo que vejo.

Aumentando também o meu desejo,

Nada Santo, certamente, (crê?)

Ultrapasso meus limites do querer.

Esfrego minhas mãos como as suas,

Lentas e certeiras, buscando encontrar

A sensação desmedida do tato perfeito.

Lavaria meu corpo com efusão e,

Obliterado pelo líquido que flui,

Pensaria loucuras insensatas.

Explodiria em luxúrias impensadas,

Sentiria o sem sentido do torpor.

Retraio-me sem razão agora, por quê?

O sorriso gratuito me imobiliza demais.

Como entender a paralisia que em mim

Habita, sugerindo a união de corpos sãos?

Apareça, moça! Quero amar em profusão!

Fortaleza-Ce, 01 de outubro de 2005.

23h53min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 10/07/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3086389
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