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Eu, que aqui me prostro a você,
Meço cada parte do corpo que vejo.
Aumentando também o meu desejo,
Nada Santo, certamente, (crê?)
Ultrapasso meus limites do querer.
Esfrego minhas mãos como as suas,
Lentas e certeiras, buscando encontrar
A sensação desmedida do tato perfeito.
Lavaria meu corpo com efusão e,
Obliterado pelo líquido que flui,
Pensaria loucuras insensatas.
Explodiria em luxúrias impensadas,
Sentiria o sem sentido do torpor.
Retraio-me sem razão agora, por quê?
O sorriso gratuito me imobiliza demais.
Como entender a paralisia que em mim
Habita, sugerindo a união de corpos sãos?
Apareça, moça! Quero amar em profusão!
Fortaleza-Ce, 01 de outubro de 2005.
23h53min