P4

.:.

Pela união e amor de dois corpos você se fez real.

Onde havia trevas a luz plena deu sentido à vida.

Lentamente você cresceu e, no jardim da emoção,

Incomodou as demais rosas num frenesi colossal.

Abençoado é o homem que cheira esta rosa bela.

Nervos de candura, lábios de calor sem contenda,

Aonde quiseres ir estarás contigo a cobiça da hidra.

Navegando sozinha ou a dois... sempre e sempre,

O sentido da vida estará ao lado seu, profetizei!

Repudio qualquer maldade que te possam fazer.

Obscuras serão todas as infâmias que ousarem...

Nada de trevas em seu caminho: você é a luz!

Honrarias espreitam o tapete virgem que você pisa.

Afinal, onde há brilho não se pode ter escuridão.

Beije-me o sonho! Doce, pudica, casta e jovial diva!

Atrocidades me invadem o íntimo vazio e fraco.

Receio... meu amor é antigo, dos tempos primevos.

Recuso-me aceitar, mas é de longo tempo e mofino.

Ora! Por que não posso amar também... não devo?

Se a vida é amar terei que morrer em plena vida?

Onde errei, Deus, para tanto penar em pleno ato?

Fortaleza-Ce, 28 de setembro de 2005.

23h21min.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 29/06/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3064093
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.