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Pela união e amor de dois corpos você se fez real.
Onde havia trevas a luz plena deu sentido à vida.
Lentamente você cresceu e, no jardim da emoção,
Incomodou as demais rosas num frenesi colossal.
Abençoado é o homem que cheira esta rosa bela.
Nervos de candura, lábios de calor sem contenda,
Aonde quiseres ir estarás contigo a cobiça da hidra.
Navegando sozinha ou a dois... sempre e sempre,
O sentido da vida estará ao lado seu, profetizei!
Repudio qualquer maldade que te possam fazer.
Obscuras serão todas as infâmias que ousarem...
Nada de trevas em seu caminho: você é a luz!
Honrarias espreitam o tapete virgem que você pisa.
Afinal, onde há brilho não se pode ter escuridão.
Beije-me o sonho! Doce, pudica, casta e jovial diva!
Atrocidades me invadem o íntimo vazio e fraco.
Receio... meu amor é antigo, dos tempos primevos.
Recuso-me aceitar, mas é de longo tempo e mofino.
Ora! Por que não posso amar também... não devo?
Se a vida é amar terei que morrer em plena vida?
Onde errei, Deus, para tanto penar em pleno ato?
Fortaleza-Ce, 28 de setembro de 2005.
23h21min.