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Lado a lado com as amigas, que coisa boa!
A amizade verdadeira é hoje pintura rarefeita,
Racionalmente possível quando nos despimos,
Aliviados, das grades que a sociedade impõe.
Massagear o ego de um amigo quando se busca
Amenizar a dor e a ausência de salutar distração,
Revela a beleza d’alma humana hoje em falta,
Inclusive entre missionários e não apenas pagãos.
Aprecio a brancura que me causou esta aliança.
Mulheres... almas dóceis e de fino trato a dois.
Esperançosas, sempre buscam a paz e o amor.
Rancorosos, somos nós homens, insensíveis...
Gargalhadas merecemos pela falta de tato, sim!
Uma, duas, milhões... Venham e nos governem!
Lavaria a roupa sem ressentimento e com zelo,
Havendo amor e o que todas possuem: desvelo.
Adoraria ser um assecla seu e não mero senhor.
O que me pedir eu faço desde que peça sempre!
Barbaridades já fizemos com muitas donzelas.
A herança deixada jamais podemos pagar ao todo.
Refiro-me ao tempo do desprezo e do denodo
Repetidas vezes impetradas por falsos vilões.
Eles não eram homens completos, mas senões
Toscos, falsos homens, de poder enrustido e vil.
O que fizeram ainda hoje envergonham: perdão!
Fortaleza-Ce, 27 de setembro de 2005.
13h18min.