A20
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Alucinante o conjunto do teu rosto... demais!
Na boca o desejo, travestido em mordiscada,
Alimenta os lampejos do mistério que encobre.
Lábios entreabertos implorando os meus...
Ultimato fulminante percebo em cada pupila.
Intimado, confesso que ser o anelo que rutila
Zombando das leis que me prendem agora.
Ah! Como é bom gracejar junto ao povo ateu.
Beijar-te-ia a face, cada milímetro, sem pressa.
Regozijar-me-ia do teu gozo se ele me desse
A volúpia momentânea que agora me fenece.
Zonzo estou, claro, mas fui feliz, não fui, confessa!
Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.
23h23min.