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Rosto de boneca e sorriso de anjo você tem, rainha!
Esforço-me para humanizar esse sorriso mas..., não!
Não é sorriso de alma humana que neste mundo vive.
A alvura da pele macia, as bochechas de porcelana,
Trafegam entre o real e o irreal e meu corpo profana
Almejando tocar esse mimo discretamente com a mão.
WO – seria um resultado tangível deste ilusório jogo!
Inventar possíveis valores quando se tem uma deusa,
Repete o mito da real existência dessa divindade grega
Tantas vezes evocada por tantos poetas que viveram.
Zzzzzzzzzzz… tem uma abelhinha aqui ardendo em fogo.
Bichinho audaz! Diz que o torpor que o seu corpo exala
Invoca deuses mortos num fausto que assim se propala
Kuantas vezes (com k) de você sair e emanar o mel
Insipidamente fogoso, pois emana das nuvens, do céu.
Fortaleza-Ce, 26 de setembro de 2005.
13h12min.