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Calor emanado de corpo ardente
Alimenta o sol em plena combustão...
Raios de luz, fulgores na areia;
Ondas esculpidas na tez quase desnuda.
Lindo esse biquíni vermelho, fúlgido!
Ingrata veste que encobre meu tormento...
Não quero a civilização – prefiro a nudez casta!
A visualização dos elos pelo toque da mão.
Volatize toda e qualquer intenção fugaz.
Imponha-se como deusa e feminina demais!
A ânsia, se existe, deve estar no homem:
Nele reside o transtorno da impossibilidade.
A busca, claro, fere e nos consome a vaidade.
Sinta-me, perceba-se no meu proclamar...
Assine a minha permissão e me toque sem medo.
Lidar com o desejo pode até fazer sofrer, chorar;
Esquecer-se da quimera, buscando placebos,
Semeia a angústia da vontade – é o que percebo.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 16 de junho de 2011.
23h05min