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Cálice – sinal de contemplação e de feminilidade.

A raiz dos desejos provocados e da sôfrega libação.

Realimente o torpor da vinha e se embriague, sempre!

O que se ostenta nas entrelinhas, fere ao meio dia...

Leia em meu olhar o poder da sua vida em sinestesia;

Invada-me buscando o que busco de modo inútil, vão!

Nunca me deseja, mas, mesmo assim, eu a quero!

Afinal, é essa fuga a que me prendo e me desespero...

Viajante ébrio e errante homem...

Invado-me,

Arraigado no meu sonho:

Navegar a dois.

A companhia? Você!

Silenciosamente,

A nau singra o horizonte, mar adentro...

Leva brisas que sopram, silentes,

Espalhando os fios da meiguice.

Sem rumo, olho a bússola e volvo-me pra você.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 16 de junho de 2011.

12h55min

Obs.:

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 16/06/2011
Reeditado em 01/11/2011
Código do texto: T3038504
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