AS ABSTRAÇÕES DA VERDADE
A S A B S T R A Ç Õ E S D A V E R D A D E
Verd'Ade: é impossível dizer-se o que é,
poi'S ela não existe enquanto tal.
É tão somente uma m'Anifestação do empirismo involuntário; embasada
enquanto sa'Bedoria e expositora da sensibilidade individual;
porém reguladora da'S ações dos seres humanos honestos. Aquele
que possui discernimen'To e caráter não necessita dizer
“eu conheço a ve'Rdade” ou o que queR que seja neste sentido,
pois seus atos fal'Am por ele e expõe-no aos olhos públicos.
Pelas nossas cren'Ças, sem a razão nem a justiça, estamos sempre
julgando aç'Ões que somos sabedores de uma pressuposta
verdade ou r'Ealidade, nossa ou de outro;
da qual pensamo'S sermos donos, reguladores e dominantes.
Se considerarmos que gostamos 'De coisas e pessoas diferentes, não nos cabe julgar alguém ou algum'A coisa, pelo simples fato de ter feito
uma escolha diferente da nossa.
Fica sempre a dú'Vida de uma personalização errada, quando algumas
pessoas tend'Em a referenciar as suas críticas por padrões, modas
ou até por p'Ráticas que consideramos de praxe, em alguns
casos por a'Doção de códigos, regras e leis. Assim o
julgamento e 'A censura podem não ser justos.
Arrotamos que 'Detemos a essência da verdade,
quando soment'E tomamos conhecimento ao ouvi-la.
(agosto/2002)