MINHA AMARGA SAUDADE
Amarga Saudade...
A ausência danosa
Brame em tormento
Compulsando-me o ventre
Devorando-me a vida
Extirpando-me o alento
Assim se vive
Ao crepitar da noite
Almejando teu tato;
À Aurora que chora
Aclamando tua volta
Bastam as lágrimas
Belicosas e pasmas;
Bissetrizes do destino
Bonificam caminhos
Buscando brindar-me
Cada sentimento
Cerrado em Minh ’alma
Ciranda sem rumo
Com seus gélidos toques
Cunham estigmas
Das noites luarentas
De brilhos intensos
Divagavam meus sonhos;
Do meu ego extraem
Dúbias lembranças
Em lua de fel
E nos átrios da solidão
Encarceras meu eu;
Epitáfio de covas
És amarga saudade...