E4

.:.

Ei, moça! Não me olhe assim, não desse jeito!

Lembre-se que o olhar furtivo não é um direito

Legalmente permitido no mundo da virtualidade.

Eu diria ser leviano o modo como me fulmina,

Negando-me mesmo quando me olha de cima.

Cabelos enxertados de uma beleza contrastante.

Raios deles dissonantes refletem em meus olhos.

Imagino que brilho também esconde o corpo

Sinuoso e único que descendo a visão posso ter,

Toda vez que me abstraio da alma volúvel e errante

Inflamada pelo fogo intempestivo que seu dorso,

Nobre e virgem, talvez, desejoso e por querer,

Enovela-se com outro corpo em pífios gozos falhos.

Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.

Obs.:

TODOS os acrósticos postados aqui foram feitos a pedido. Entretanto, sabemos que as pessoas mudam. Assim, considerando que algumas solicitações já foram feitas por e-mail, reitero: embora autorizado anteriormente, todo pedido para exclusão do nome da lista dos acrósticos será imediatamente aceito.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 02/06/2011
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T3008876
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.