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Ei, moça! Não me olhe assim, não desse jeito!
Lembre-se que o olhar furtivo não é um direito
Legalmente permitido no mundo da virtualidade.
Eu diria ser leviano o modo como me fulmina,
Negando-me mesmo quando me olha de cima.
Cabelos enxertados de uma beleza contrastante.
Raios deles dissonantes refletem em meus olhos.
Imagino que brilho também esconde o corpo
Sinuoso e único que descendo a visão posso ter,
Toda vez que me abstraio da alma volúvel e errante
Inflamada pelo fogo intempestivo que seu dorso,
Nobre e virgem, talvez, desejoso e por querer,
Enovela-se com outro corpo em pífios gozos falhos.
Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.
Obs.:
TODOS os acrósticos postados aqui foram feitos a pedido. Entretanto, sabemos que as pessoas mudam. Assim, considerando que algumas solicitações já foram feitas por e-mail, reitero: embora autorizado anteriormente, todo pedido para exclusão do nome da lista dos acrósticos será imediatamente aceito.