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Lembrar de você me excita duplamente...

O homem ferve. Haveria razão para isso?

Razão... esta se instiga pelo que já ouviu.

Erva daninha, a mimosa cama que nos uniu,

Não tem vontade própria mas certamente

Ainda hoje reacende meu corpo num feitiço.

Maviosos requebrados de mulher você possui.

Avesso do avesso, foi assim que nos amamos?

Relembre-me! Sinto saudade e a razão falha!

Tento recordar tudo e a mente, qual navalha,

Impede-me de descrever o detalhe que não flui.

Néscio de mim mesmo, louco de esperança vil,

Sonho novamente e breve levá-la ao nosso covil.

Dias e noites distantes me atormentam a razão.

Esperar... Precisaremos desse tempero sempre?

Seremos eternos maltrapilhos despojados?

O que permite esta sede que sinto e me espanta

Ultrapassar os limites da paciência, responde!

Zeus! Sou mortal mas tenho impulsos primevos.

Afague-me a alma doída pala ausencia terrena.

Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.

22h10min

Obs.:

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/05/2011
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T3002872
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