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Cabelos como esses me reportam a contos de criança.
Herdou a força de Sansão nos pilares de Rapunzel?
Retribuo a rosa, esta azul que escondida se mostra...
Implorando humildemente um dia outra rosa ofertar.
Seria uma simples pétala de um homem desajeitado,
Tão inseguro e frágil no trato com as beldades humanas,
Tão insensato e obscuro quando se quer entender...
Invulgar, todavia, mostra-se meu singelo pincel,
Amalgamando em cores fortes todas as impressões
Nada comuns do seu semblante enxertado de esperança.
Nenhuma enarmonia percebi nas formas escondidas
Entre o que se vê e o que se não mostra de fato.
Detesto esse vestido preto e longo, que maldade!
Ele esconde o torpor envolvente do meu tormento...
Melhor seria sem ele imaginar suas nuances de mulher!
Eita! “Que homem atrevido e sem graça, é você!
Dizer-me tudo isso sem dar-me o direito de defesa!”
Espere! Não me tenha por atirado, minha princesa!
Importar-se-ia em, mesmo sem motivos, perdoar?
Rastreei minhas impressões e agora estou assim:
Ora lúcido ora em devaneios... realmente sereno e feliz.
Surrado trapo depois de tudo que meus olhos viram.
Linda, linda, linda! Frágil expressão da beleza feminina!
Impor-me limites a mim mesmo parece incoerente.
Manter-me imparcial e calmo, não! A razão me fulmina.
Aceite... Você é bela e assim esse poema se vai, termina.
Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2005.
Nijair Araújo Pinto, 12h25min.
Obs.:
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