VERDADE ABSOLUTA: AMARMO-NOS
VERDADE ABSOLUTA: AMARMO-NOS
Venhamos e convenhamos, “verdade absoluta” existe?
E de mais a mais, anseia-se mais por justiça, a verdade é supérflua.
Raras são às vezes que se pode dizer “isto é verdade”.
Dependendo da ocasião o melhor e uma “meia verdade”.
Algumas vezes só cabe uma “verdade relativa”.
De outras vezes o bom mesmo é uma “verdade ambígua”.
Em outros casos a saída é uma “verdade dúbia”.
Assim sendo, a mentira passa a ser uma verdade relativa.
Basta uma vírgula, e eis a verdade distorcida e confundida.
Se assim é, o que seria da verdade, sem a sílaba “DA”, só verde.
Ou melhor, da verdade, só a sílaba “VER”, que pena, existem os cegos.
Louvado se à sílaba “DE” acrescentarmos “US”; eis a verdade absoluta.
Unanimidade é burrice, verdade absoluta não o é.
Talvez baseado tão somente na verdade, a mentira prevalece.
Antes tarde do que nunca, um empate, verdade versus mentira.
Amar: verbo transitivo direto, de sujeito concreto
Mesmo quando se ama escondido e secreto
Amor: substantivo abstrato, muito raro entre os humanos
Rico entre os animais irracionais e os amorfos objetos
Mormente só nos toleramos, uns aos outros,
Ou até nos ignoramos, passando ao largo;
Nem vemos nossos semelhantes e irmãos,
Outras vezes fingimos simpatia
Só para caracterizar o “Não-Amor”.
(fevereiro/2001)