O ORVALHO DA MANHÃ
O orvalho da manhã, naquele dia, separou-se da flor.
Sem despedir-se, sem dizer uma palavra de adeus. E,
Como uma lágrima, chorou a sua imensa dor.
A tristeza, então apresentou-se entre nós
Rompendo no coração, de cada um, a saudade.
Foste correndo ao encontro dele.
E viajaste sem olhar para trás.
Renunciando tudo de bom que a vida te deu.
Renunciando os que aqui ficaram,
E não foi por sua culpa, meu amigo, Ele quis assim,
Indo trilhar pelos caminhos de uma nova vida.
Restando para nós, a sua lembrança. E,
A sua dedicação com seus entes queridos.
Deus sabe o que faz com seus amados filhos.
Ele te quis mais perto Dele, amigo.
Somos como o orvalho da manhã na fragilidade de flor.
O sol passa pela Terra, o orvalho seca e tudo se acaba.
Urgirá o tempo. E o presente será, um dia, passado.
Zelaremos por tudo que foste em nossas vidas.
Assim será. Assim faremos!
Adeus amigo, boa viagem.
Haroldo Franco
01/05/1997