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Ah! Quanta beleza existe nesse meigo e furtivo olhar...
Nunca duvide, nunca mesmo, do encanto que ele tem.
Ainda que por segundos, ele prende e nos faz viajar.
Karolynne... É assim mesmo que se escreve esse doce poema?
Angustia-me toda vez que me prendo a nomes assim, exóticos...
Respiro fundo e, num suspiro, tento imaginar a pureza d’alquimia;
Ousadia de pai; ousadia de mãe... E surge o nome d’uma Deusa!
Linda, linda, linda! Não apenas em aparências, mas em essência!
Yes! Você tem a sutileza do encantamento que deslumbra, tem magia.
Não a frágil poesia do encanto passageiro que se vai com a brisa;
Nada disso! De você emana uma pureza que nos deixa em transe.
Esperamos. Buscamos. E, de repente, novo um sorriso a nos destruir.
D’onde vem tanta meiguice, diz pra mim, doce, virgem e pura menina?
Exteriorize, revelando a um admirador, tudo que se esconde atrás do véu...
Somos frágeis e as tentações se nos parecem dolorosas, sempre.
Ousamos um pouco mais e a consciência nos pega pela mão, sabia?
Urge que numa troca de senões se chegue a algum consenso raro...
Zombe de mim, consciência, mas seja para mim o porto, um amparo;
Afinal, há maldade em se revelar a uma deusa o valor d’um mistério?
Gozemos a vida plenamente, pois ela se esvai com tanta pressa...
Onde buscar energias se a vida a cada dia nos prega uma peça?
Meus olhos são puros e o que me enfeitiça é o calor do corpo;
Esquivar-me, fugindo da atração desse olhar vermelho a me fitar,
Seria fuga inocente – na realidade, o que desejo é me faz sonhar.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 9 de abril de 2010.
22h08min
Obs.:
TODOS os acrósticos postados aqui foram feitos a pedido. Entretanto, sabemos que as pessoas mudam. Assim, considerando que algumas solicitações já foram feitas por e-mail, reitero: embora autorizado anteriormente, todo pedido para exclusão do nome da lista dos acrósticos será imediatamente aceito.