SINA DE ADOBE - soneto
SINA DE ADOBE
E is-te reclinada sobre missais de fada
S oçobrante em liquens madurados no espaço
T urmalinas verde esmeralda no teu paço
E nfeitam quimeras que abrandam o calor.
L onge, muito distante, sobre trilhos de aço,
A sina enganosa traz a boca calada
M asturbas a mente por que estás afastada
A h! Quem diz que o mal d’alma no corpo é indolor.
R udes golpes te afastam da felicidade
I sso se explica, teu destino inda está preso
S urrado, sitiado por tanta maldade...
S ofres de angustias tantas, embora indefesa
S entes calores que envolvem a castidade.
S aiba, entanto, que sorverás méis de surpresa.
Afonso Martini
260311