SINA DE ADOBE - soneto

SINA DE ADOBE

E is-te reclinada sobre missais de fada

S oçobrante em liquens madurados no espaço

T urmalinas verde esmeralda no teu paço

E nfeitam quimeras que abrandam o calor.

L onge, muito distante, sobre trilhos de aço,

A sina enganosa traz a boca calada

M asturbas a mente por que estás afastada

A h! Quem diz que o mal d’alma no corpo é indolor.

R udes golpes te afastam da felicidade

I sso se explica, teu destino inda está preso

S urrado, sitiado por tanta maldade...

S ofres de angustias tantas, embora indefesa

S entes calores que envolvem a castidade.

S aiba, entanto, que sorverás méis de surpresa.

Afonso Martini

260311

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 29/03/2011
Código do texto: T2877823
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