De novo vem a solidão.
A mesma que eu temia, e que uma vozinha lá dentro de mim estava á dias querendo me avisar, me beliscando á todo momento.
E á todo momento me alertando, toma cuidado, não perca o fio da meada, não se entregue á esse sentimento.
Você não é nenhuma criança, e parece que não aprende nunca.
Não aprende que não deve nunca se entregar a sentimento algum.
Ser mais forte, não ter mêdo desse fiosinho se romper, viver só e aceitar e aceitar-se , só
Fiosinho, tão tenue, tão fisinho, tão insignificante, mas ao mesmo tempo tão forte.
Já sei de tudo, a mesma estória já se repetiu tantas e tantas vezes.
E tantas e tantas vezes não aprendi nada.
Só sei que vai entrar a fase do abandono total.
Do nada valer a pena, e da pena e do pesar ser tanto á ponto de me anular.
Sim a entrega, a tristesa, o simples fato de acordar de manhã, pesar tanto á ponto de não querer despertar.
Parece que nada mudou, as coisas continuam ali nos mesmos lugares, as mesmas pessoas indiferentes como sempre, eu tão triste e tão indefesa.
E saber que virão os dias, um após o outro.
E eu de novo me arrastando como um fantasma.
Sim poderia de verdade ser um.
Não ser vista, e nem sentida por nimguém, a entrega total , o abandono.
Como doi uma perda, e quantas já tive, e quantas ainda terei?
Não quero, não mais, nem uma.
Aprender á ser só, sim aprender, e como posso ser tão fraca, tão suceptivél?
E não aprender?
Desespero, lágrimas, e um vazio tão grande e eu tão impotente e tão pequena.
Onde buscar, o que e para que?
Não sei...
Tudo fica distante, e tudo não é nada, e vou me entregar, por muitos dias e não sei se levarei adiante o que quer que seja.
E êsse fardo pesará muito, e forças onde acharei?
E se eu não quizer achar, que diferença fará?
Para os outros nada, para mim tudo, um grande pesadelo.

martamaria
Enviado por martamaria em 10/11/2006
Código do texto: T287031
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