Estou reencontrando o caminho

Acróstico

Estou Reencontrando o caminho

Expiro o ar dos pulmões, esvazio-me
Sedenta de que haja em mim mais sonhos
Tenazmente submerjo em minhas loucuras
Obscuras e desajeitadas são minhas mortes
Ultrapassam o limite dos caminhos sãos

Reviro-me paciente em minhas gavetas
Encontro páginas amareladas, sorridentes
Enlevo-me com meus devaneios
Não creio tenha sido eu a autora destes
Cenários, cantos e flertes
Ontem pareceu-me assim
Não me reconheci inteira
Tratei de desvendar quem fui
Rainha, imperava acima do bem e do mal
Andava airosa em um roseiral sem me ferir
Navegava entre bolhas de sabão e furacões
Dourava meu corpo ao sol, luzes de arrebol
Ornamentada de flores e canções celestes

Orbe perfumado colidindo em outros astros!

Cortesã e ardilosa traidora
Amante do ventos e das tempestades
Mulher de mil faces e beijos impetuosos
Ilha esquecida de um sonho pacífico
Nalgum momento feroz e entorpecida
Habilidosa fingidora nas partidas
Ofélia em minha própria vida.

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 04/03/2011
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