Daniel

Demora-se, às vezes, demais prá entender

As coisas tão belas que há prá aprender

Naquilo que temos tão perto de nós:

Instantes singelos, de poucos momentos,

Encontros tão simples nos quais, desatentos,

Levamos ao vento... durante e até após.

São marcos da vida em que não nos detemos

Até quando, um dia, eis que o percebemos

Num dado momento!... E que falta nos fazem!...

Tão gratos nos eram e já não se repetem.

O que nos deixaram, e ao que nos remetem,

Somente vivendo se entende o que trazem!

Bendigo, portanto, entender neste Agora

O sentido de cada momento contigo:

Do quanto é importante, por dentro e por fora,

Sentir – mais que o filho – o guerreiro e o amigo!

Te falar deste amor, deste orgulho que ostento

Em poder ser teu pai, por saber-te comigo!...

Inseriste em meu peito este estado de alento

No qual, mais que dar, sou quem mais busca abrigo.

Obras publicadas: www.lojasingular.com.br

Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 23/01/2011
Reeditado em 19/03/2012
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