O ESPELHO

Não é um canto qualquer de lamento,

Não é uma simples fagulha ou transe momentâneo.

Frio sombrio sobrevivendo na minha pele,

Maldições e castigos sobrevoam a minha casa.

Desilusões estão vivas na memória,

Maldizeres e encostos atiram sobre mim.

Não é um simples castigo ou momento ruim

Não pertenço a esse mundo muito menos ele a mim.

As lágrimas são visitas constantes na minha face.

Uma dor com lógica e às vezes sem

Já não quero nada,

Já não me olho no espelho.

É uma cobrança impura, querem sorrisos fartos

Nessa minha face, áspera e desiludida.

É uma cobrança injusta,

Querer que o meu corpo reaja bem,

A essa doença sentimental mal vista e apreciada.