sem conceito
atirar-me-ei na fronteira de um pré-verão a
passos medidos por um engafinhamento de corpos
num tango dançado,
nessa bela tarde risonha
a esconder a melancolia do céu
que me vê com desdém e compassividade,
e se diz, num sopro de ar
com acorde disonante,
promôter da dicotomia
própria do olhar,
e ao chegar na outra estação,
descerei deste trem que levará eu,
e os climas,
lá chegando, desligarei o tempo