VOAR E DESVOAR
A ntes de estar num céu tão cheio de vazio
No nada imenso,um sonho esvoaçou-se em vão
A ntes de ter, morreu; antes de ser, sumiu;
M al decolou pro céu, houve de vir ao chão.
A ve que fui, voei, mas me perdi no espaço
R égio, sem fim e azul de minha bem-amada!
I ntencionei seguir sem resvalar meu passo,
A té que escorreguei nas espirais do nada. . .
I nflama a dor o pranto, e a suspirar um ai,
R egando o rosto nu, desfalecida e incerta,
A lágrima tropeça , cambaleia e cai ...
M as esta mão amiga que, indulgente e aberta,
A nda a guiar-me agora o passo que passeio,
N o instante exato, irá me represar na certa
A lágrima que quis ir inundar teu seio.