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Nunca me perdoarei pelo solene fracasso.

Imaginar que por muito pouco não tive você...

Como explicar a mim mesmo que não deu certo?

Ousei demais? Esperei demais? Qual meu erro?

Lembro apenas dos toques, da boca, da respiração...

Espero, imploro, apenas uma nova aproximação.

Não se forja uma preciosa e singular beleza

Invandindo os espaços íntimos de ninguém...

Confesso que o desejo me torna incoveniente;

Ouso, entretanto, apenas pela dor inconsciente,

Leviana, mas pueril, do desejo contido pelo não.

Entenda-me os descabidos convites, seriam ilusão?

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 6 de Setembro de 2010.

11h00

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 06/09/2010
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T2481364
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