DEPOIS DO AÇOITE O GRITO
NA ARIDEZ DO MOMENTO
EU ESCREVO MEU VERSO...OU TENTO.
FURTIVO COMO ASSAZ LADRÃO, O PENSAMENTO
AMARGO COMO O FEL, O LAMENTO
PERDÍ MINHAS HORAS, MAS ACHEI O MEU TEMPO.
FINAL DE TARDE, OCÚSPULO DA NOITE
DEPOIS DO AÇOITE, O GRITO
ESTOU DE PÉ E ANDO, ESTOU VIVO
MINHA SOMBRA PROJETA MEU RITO
ELA PROSSEGUE, E A EU SIGO AFLITO.
DEDOS INDECISOS NO TECLADO
AINDA NÃO AMO, MAS DESEJO SER AMADO
SOU LIVRE, MAS ME SINTO ATADO
E NESSE SEGUNDO TÃO LENTO
EU ESCREVO MEU VERSO...OU TENTO.