Mônica

Marés, minha galera traga o pélago, rumo ao desconhecido,

Seu olhar mira o horizonte,

Em todo seu mistério,

Encanta com seu canto de sereia,

E encontro a paz em tua voz.

 

Ouvi as ondas quebrarem nos recifes,

Esse som lembrou-me as tormentas,

Que minha alma trava ao querer-te,

Já naufraguei tantas vezes,

Que das pilhagens que conquistei,

Restaram apenas lembranças.

 

Navegar é meu acaso,

Não dei muito crédito aos sonhos,

Por achar que não passavam de tempestades em alto mar,

Em cada porto, um pontilhão,

Em cada pontilhão, uma solidão.

 

Invade na minha mente, tantos pensamentos,

Tão exóticos quanto eróticos,

De seu corpo nu, dançando por sobre a mareta,

O vinho festeja o amor, a luxuria,

Seu perfume entorpece meus sentidos,

Emergir, em seus mais íntimos segredos,

Cada curva deste mar nunca navegado.

 

Corsário por definição,

Busco o maior de todos os tesouros,

Busco os mais belos recantos da terra,

Um arquipélago de momentos infinitos,

Busco seu olhar, seu sorriso e sua mais perfeita forma de amar.

 

Ah! Se eu pudesse alcançar seus beijos,

Se em minhas velas, você fosse o vento a favor,

De minha galera, o leme mostrando a direção sul,

Se fosse minha alma perdida,

Que encontrada, preenchesse tal vazio que me consome,

Se eu fosse pedir aos deuses em súplica,

Pediria para navegar na costa de um lugar chamado Maceió,

Ate ancorar sobre seus braços.

 

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 25/03/2010
Reeditado em 17/11/2021
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