PELOURINHO
Pelourinho Salvador Bahia
Passam os anos, mas nos becos ainda se sente os doridos gritos
Esquecidos entre casarões e monumentos a dor ainda ecoa
Liberdades negadas, corpos dilacerados tingiram a praça, com sangue.
Olodum rufando seus tambores anuncia festa, mas prenuncia
Um novo tempo sem chibatas, troncos e maldades, nas suas melodias
Rufam tambores todos dançam, enquanto negras mulheres trançam
Incríveis e interessantes desenhos afros nas cabeças brancas
No Pelô, hoje as cores se misturam aos olhos desconfiados de Zumbi, que
Herói questiona: admiram a arquitetura, mas sabem da escravatura?
Olodum repiquem os tambores! Que os deuses negros já descem a ladeira.
Toninhobira.