Madrugada fria...
“Hoje, madrugada fria...mesmo após inúmeras tentativas o sono não vem, o que me propiciou passar horas refletindo sobre como está a minha vida; pensando em como está o meu corpo e a minha alma, que por pouco não foram mandados para o plano superior.
Já é tarde... as folhas das árvores balançam num leve bailar, trazendo-me a impressão de estar mais sozinha do que já estou.
Sinto-me parada no tempo, sem saber o que fazer; sem ter para onde ir, ou então para quê voltar meus pensamentos.
Estou com frio e apesar de ver tantos braços estendidos em minha direção, não consigo encontrar em nenhum o abraço que tanto espero, que tanto necessito; não apenas para me aquecer, mas para me devolver o calor que a muito me foi roubado, pelo tempo e pelas incertezas da vida.
Faço de minha cama o meu asilo inviolável, deste papel e desta caneta, os instrumentos que aos poucos vão me aquietando minha alma e acalmando meus sentimentos.
Por um momento paro...olho ao meu redor...e não consigo ver, perceber, sentir algo que possa julgar como responsável por esse grande vazio que toma conta do meu peito; também não consigo decifrar o que tenho a fazer para que esta situação se transforme.
O passado, como o próprio nome diz, havia passado..ficado para trás, resolveu voltar e se fazer presente; já que este anda muito iludido, perdido em algum devaneio, o que de certa forma deixa o futuro nebuloso; sem indicação de melhora ou piora, nem se quer um aviso de que mais uma vez vai mudar.
Quando fecho os olhos episódios recentes volta a minha cabeça, mas não sei a reagir a esses feedbacks, não sei de quero lutar contra, ou apenas ser levada pela maré, mas...eu só sei de uma coisa...”amanhã será um lindo dia, da mais louca alegria que se possa imaginar.”
Vou parar por aqui, pois minha inquietação se acalmou e se transformou nessas singelas palavras que acabo de escrever. Agora, o vento está mais forte e parece que vai chover. Eu só espero que essa chuva possa levar para longe as angústias e aflições que inundam esse pequeno ser.”