Caminhei sem prumo e sem rumo segui noite adentro
Agonizando em dissabores de uma quimera torpe,
Sem luz nos olhos e sem olhos para a luz
Trazida pelos pirilampos no dorsal da noite escura.
Ruminei coisas já esquecidas e sonhos fenecidos:
Outra vez chorei meu riso e sorri meu pranto.
Alcei meu vôo por entre nuvens de utopias,
Lancei dardos e farpas no olhar da solidão,
Venci os medos que me assolavam em silêncio,
Enclausurando-me nas conchas do desprazer,
Sob as águas colossais dos mares da minha dor.