Cadeia de Braços

Contemplo o teu rosto querido

A guardar na retina a saudade

De tua voz, bálsamo de meus ouvidos

Enviando convites, mentiras-verdades

Intrigando o meu rústico Ser sertanejo

Atiras-me um olhar – um abraço e um beijo.

De desejos tomada, minh’alma sucumbe

Envolvida se entrega ao teu envolvente perfume.

Beleza tranqüila, altivez apurada

Riso de prata em momentos de paz

Amor diferente, certeza firmada

Ç não cabe em começo, tropeço não faz

Os versos mais soltos em teus cabelos revoltos

Simétricas incongruências cedem espaços, em servil anuência, a assimétricas presenças

Todo o cansaço de meu corpo vai embora, como estiagem carregada por água de chuva, quando tu me premias com o teu abraço, reconfortando-me, prendendo-me em tua quente cadeia de braços.

Vale do Paraíba, Manhã da segunda Sexta-Feira de Novembro de 2009

João Bosco (aprendiz de poeta)

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 15/11/2009
Código do texto: T1924180
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