Inclino-me sob o peso das lembranças
Medito sobre nosso eterno amor
Penso que mesmo havendo mudanças
Ou um bailar torto da mesma dança
Tínhamos ainda muito brilho e cor
Então por que sobreveio essa dor?
Não me diga que perdeu a confiança
Temos que crer, o amor tudo alcança
E nosso sentimento não naufragou

Aceitemos o sonho e as diferenças
Calemos o peito no ato velado do amor
Então veremos a quão suave sentença
Estamos atados na alegria e na dor
Façamos do sentimento nossa crença
Açoitemo-nos com carinho numa noite intensa
Cobrindo-nos de beijo, como doce beija flor


"Faço-me de aço por fora, tentando não sofrer... mas, lá dentro sou lata que descora, sentindo a ferrugem corroer..."