MULHER DE BOTAS
Quando chego, de botas.
Até desbotas, mudas de cor.
Perde a fala
E o desejo, se instala.
Vou tirando, devagar.
Sentindo seus olhos, acompanhando meu ritual.
Descendo o zíper, cruzando as pernas.
Deixando você alucinado a espera.
E nessa espera, desvias o olhar.
Não suporta mais, sussurras palavras picantes.
Nesse seu afã de amante
Manhosa, demoro um pouco mais!
Maliciosa, espero sua ajuda.
E, quando minhas botas tiras.
Esquecemos tabus ou regras
Somos apenas amantes
Em total entrega