MULHER DE BOTAS

Quando chego, de botas.

Até desbotas, mudas de cor.

Perde a fala

E o desejo, se instala.

Vou tirando, devagar.

Sentindo seus olhos, acompanhando meu ritual.

Descendo o zíper, cruzando as pernas.

Deixando você alucinado a espera.

E nessa espera, desvias o olhar.

Não suporta mais, sussurras palavras picantes.

Nesse seu afã de amante

Manhosa, demoro um pouco mais!

Maliciosa, espero sua ajuda.

E, quando minhas botas tiras.

Esquecemos tabus ou regras

Somos apenas amantes

Em total entrega

Luiza Porto
Enviado por Luiza Porto em 17/05/2005
Código do texto: T17633