Invento coisas para engabelar meus olhos no espelho nu,
Sigo os pássaros em rasantes vôos sobre as flores do Éden.
Alimento minha alma com o puro mel que roubo da colibri,
Busco sonhos entre as pérolas que as conchas segredam
Enquanto a vida disfarça a morte e segue como uma estrela,
Lampejando pelo imenso azul entre crepúsculos e o alvorecer.

Caminho... Cada passo eu risco um espaço de mil anos,
Apontando o esmo como flecha de índio aprendiz.
Minha alma treme! Meu corpo geme. São meus delírios,
Presságios libertinos de um amor platônico, raro e belo,
Obrigando-me a ser um saqueador de tesouros que já são meus.
Sinto a brisa. Acordo. Volto para mim e espero o próximo delirar.  
luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 11/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
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